• Já não me vejo sem Banda Calypso

    "Banda Calypso comemora dez anos de enorme sucesso"




    "Depois de uma década, chegou então aquele momento em que só o nome faz o serviço: Banda Calypso. Em dez anos de estrada, o casal Chimbinha (guitarra) e Joelma (vocal) já contabilizou mais de dez milhões de CDs e dois milhões de DVDs. São 16 shows por mês, em praticamente todos os cantos do Brasil e também no exterior. Ídolos de multidões, sem exagero nenhum.

    Nada parece ameaçar a relação entre a Calypso e seu público. Afinal, sem apoio algum de gravadoras e da grande mídia, a banda conquistou a fama e tornou-se a mais popular do país, segundo pesquisa Datafolha. E é nas apresentações ao vivo que dá para visualizar o que os números tentam quantificar. O programa “Boteco da Sexta”, exibido pela TV RBA na última sexta-feira, 18, foi um exemplo disso. Mais de 500 mil cartas foram enviadas à produção, provando mais uma vez a popularidade absoluta da banda.

    A ironia é que por muito tempo não foi assim. No início, Chimbinha percorria as rádios “boca-de-ferro” de Belém divulgando suas músicas, além de fechar acordo com distribuidoras que repassavam esses discos a supermercados, lojas e camelôs.

    A sorte só começou a sorrir para o grupo quando pintaram as primeiras apresentações no Nordeste, principalmente em Pernambuco. Joelma e Chimbinha receberam o título de cidadãos. O estouro veio em 2005, após shows e apresentações em programas populares de alcance nacional.

    Da periferia ao estrelato, o segredo do êxito da banda está no modelo de negócios que virou referência quando se fala em alternativa para a crise fonográfica. Antes de ganhar a alcunha de “máquina de vender CD”, foi agindo fora do “esquemão” que a Calypso se espalhou como um vírus e caiu no gosto do grande público.

    É Chimbinha quem revela a fórmula da multiplicação de hits: “Nós mesmo fabricamos nossos discos, por isso fica mais barato do que fazer com uma gravadora. Não ganhamos muito com o CD, mas ficamos conhecidos e temos lucro com os shows”, comenta ele, num breve intervalo no estúdio da RBA.

    O que hoje pode soar clichê, na época foi uma revolução, pelo menos para a carreira da banda, que acabou pavimentando o caminho para a entrada do melody no mercado como conhecemos hoje. (

    Calypso ensina a fórmula de seu sucesso



    A fórmula é bem conhecida: os artistas abdicam dos direitos autorais de seu trabalho e em contrapartida se utilizam da venda do CD pirata como forma de marketing, divulgação em massa de seu trabalho. No caso do Calypso, cada show reúne em média 20 mil pessoas. Ao final das apresentações, o grupo aproveita para vender CDs e DVDs, inclusive com o registro do que o público acabou de assistir.

    Não se pode negar que o Calypso é o predecessor do tecnobrega e suas vertentes, ramificações e derivados. Se não sonoramente, pelo menos espiritualmente. Não que o som tenha muita coisa a ver com a atual trilha sonora das periferias do Pará, como eles mesmos fazem questão de ressaltar.

    “Não temos nada a ver com o melody. Surgimos antes do tecnobrega e saimos do Estado depois da explosão dele na mídia. Então, em termos de som, o que a gente faz é bem diferente. Acho que o principal é que somos uma banda de verdade, com músicos, instrumento, melodia”, diz o guitarrista.

    Resumindo: o que Chimbinha e Joelma fazem é calipso, ritmo caribenho, mas com influências de vários sons paraenses.

    Ávido ouvinte da rádio AM quando era mais jovem, Chimbinha passou a infância e a adolescência sintonizando estações do Caribe. Dessas influências, misturadas a ritmos como carimbó, lambada, brega e guitarrada, surgiu o som da banda. “Sabe o que é o som do Calypso? É Elvis cantando ‘It’s Now or Never, tan dan dan dan...”, explica Joelma.

    PIRATARIA

    Agora do outro lado da mesa, a banda Calypso sofre com a pirataria. Além de pagar direitos autorais de compositores, tem despesas com músicos, estúdio, arte e seus mais de 200 funcionários. Chimbinha e Joelma admitem que é difícil lidar com a perda de arrecadação devido aos downloads ilegais. Mesmo assim, a dupla quer aproveitar o momento festivo pelos dez anos de estrada para lançar o CD “Banda Calypso Amor Sem Fim” e lançar um DVD comemorativo.

    MELODY

    Com uma visão de mercado privilegiada, Chimbinha analisa a cena melody paraense e dá um recado aos músicos: “A galera tem que parar de fazer jingle para aparelhagem. O melody não é feito para seres humanos tocarem; aumentam tanto a aceleração da batida, que só as aparelhagens conseguem tocar. Tanto que se comparar uma banda de verdade e uma aparelhagem, vão levar é vaia. Eles têm que começar a fazer música de verdade.”

    ISSO É CALYPSO

    Joelma e Chimbinha foram os únicos artistas brasileiros a emplacarem quatro CDs entre os 50 mais vendidos e dois DVDs entre os 20 mais vendidos do país, de uma só vez.

    Em 2007, tiveram dois discos entre os dez mais vendidos do país.

    O Calypso é a única banda na história da música brasileira a receber o prêmio de DVD de Diamante Quíntuplo.

    A banda que mais vendeu nos anos 2000.

    A banda que vendeu mais discos de forma independente antes de assinar um contrato com uma gravadora. (Diário do Pará)"

    Fonte:http://www.diariodopara.com.br/noticiafullv2.php?idnot=72310

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    Sobre o Blog

    O site Já não me vejo sem Banda Calypso, foi criado em 27 de outubro de 2009.No começo era bem simples, rosa,totalmente amador e nem eu mesmo "botava fé" que ele chegaria onde chegou. Integrado hoje em praticamente todas as redes sociais o @naomevejosem , CHEGOU LÁ. Designer totalmente diferente do 'modelo amador' inicial, páginas mais elaboradas , quadros exclusivos, visitantes fiéis,porém com a mesma essência de sempre.Levar notícias da banda Calypso para todos os fãs dentro e fora do Brasil.

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